Ele é Demais (He’s All That, 2021)

“It’s his turn for a makeover”

Eu acho que eu SEMPRE vou adorar essas comédias românticas clichês! Em 1999, “Ela é Demais” era lançado, um filme no qual um garoto popular, depois de sua namorada terminar com ele, faz uma aposta com um de seus amigos dizendo que poderia transformar qualquer garota em “Rainha do Baile”. “Ele é Demais”, o novo filme da Netflix, é uma espécie de “remake” dessa história, só que dessa vez é uma garota popular que vai transformar um menino em “Rei do Baile”. Protagonizado por Addison Rae e Tanner Buchanan, o filme é carismático, divertido e romântico, e embora não traga nenhuma novidade ao gênero, ele consegue nos prender e nos entreter, como um filme leve e despretensioso de Sessão da Tarde. Além disso, a trama é atualizada com alguns elementos como o fato de a garota ser uma influencer, e mantém momentos importantes…

Como a competição de dança na formatura!

Addison Rae interpreta Padgett Sawyer, uma digital influencer que anda com umas garotas ricas e esnobes na escola em que estuda, e esconde o fato de que ela é pobre e precisa juntar todo o dinheiro que ganha com suas lives e patrocínios para, quem sabe, cursar uma faculdade. Ela vê o seu mundo desmoronar quando ela vai fazer uma live surpresa para o seu namorado, um cantorzinho famoso (que foi “criado” por ela), e o descobre a traindo… curiosamente, mesmo que Jordan fosse claramente quem estava errado, parece que todo mundo fica contra Padgett pela maneira como ela fala com a garota, e ela se torna um meme no dia seguinte, começa a perder seguidores e, consequentemente, patrocínios. Então, ela precisa de um plano para voltar para a mídia: e ela decide que se pôde fazer um garoto popular, ela pode fazer qualquer garoto popular.

Padgett, então, entra em uma aposta com uma de suas “amigas”, a Alden, dizendo que vai transformar o garoto que ela escolher em “Rei do Baile” – e o escolhido é Cameron Kweller, um garoto fora dos padrões de popularidade… ele não se veste bem, odeia socializar, só gosta de músicas antigas, tem um quê de rebeldia, não está nas redes sociais e só tira fotos com uma câmera “antiquada”… e nunca as mostra para ninguém. Poderia ser “uma missão impossível”, mas o filme facilita tudo… a começar pelo fato de que Cameron já é bonito, ele só precisa de uma “ajeitadinha”. E ele parece muito menos resistente a Padgett do que poderíamos esperar, e não demora muito para que ele esteja caidinho por ela, embora as primeiras interações tenham sido divertidas, com a Padgett forçando uma proximidade que não existe e o Cameron tentando escapar.

As coisas se concretizam, talvez, durante uma festa na piscina na qual Padgett está cantando no karaokê e fica toda insegura quando vê Jordan entrando com a garota com quem a traiu, se achando um máximo, e Cameron é a coisa mais fofa do mundo subindo no palco para cantar “Teenage Dream” com ela – surpreendentemente, ele sabia a letra da música! Nós sabemos o que vai acontecer e como vai acontecer, mas, particularmente, eu assisto diferentes filmes por diferentes motivos, e “Ele é Demais” não foi um filme que eu vi para ser revolucionário, inovador nem nada disso – então, mesmo sabendo exatamente como ele caminharia, eu adorei acompanhar os dois enquanto eles se apaixonavam, e enquanto Cam se tornava popular seja cantando no karaokê ou vencendo uma briga iniciada por Jordan em uma outra festa com temática de “O Grande Gatsby”.

Eu tendo a me apaixonar por personagens fictícios de produções que estou assistindo… e não foi diferente com Cameron. Ele é um amor, e a cena na qual ele leva Padgett ao seu estúdio ou a cena em que ele a convida para ir ao baile com ele são muito fofas. Mas é claro que, eventualmente, Cameron descobre que era tudo uma aposta de Padgett com Alden, e ele não gosta nada daquilo… inclusive, não aparece no baile. Padgett, por sua vez, é convidada a repensar algumas de suas atitudes, e é legal como o filme traz, também, o seu crescimento. Cameron acaba não recebendo o título de “Rei do Baile”, já que ele não vai à festa, mas Padgett é coroada “Rainha do Baile” e, antes de renunciar ao título, ela precisa mostrar o que aprendeu e assumir quem ela realmente é e se orgulhar disso… com direito a uma foto que Cameron tirou dela na estação de trem.

O filme é clichê, sim, previsível, sim, mas lindinho! Padgett consegue a ajuda da irmã mais nova de Cameron para que ele venha ao baile, e mesmo que ele não entre na festa, ele chega de cavalo (!) quando ela está do lado de fora, e os dois curtem o “baile” lá fora mesmo… eles não têm nada a provar para ninguém, e estão ali para curtir um momento só dos dois. Eu sou um romântico incurável, e embora “Ele é Demais” não seja a minha comédia romântica favorita nem nada assim, e talvez não consiga ser o que “Ela é Demais” foi, o filme me entreteve e colocou um sorriso no meu rosto… no fim, vemos uma Padgett com um novo foco no seu canal e nas suas lives, mas novamente com patrocínios e incentivando as pessoas a “serem elas mesmas”, enquanto faz a viagem a Portugal sobre a qual o Cameron passou o filme todo falando… muito fofo!

 

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