Dançarina Imperfeita (Work It, 2020)

 

“Dance to your own beat”

QUE DELÍCIA DE FILME! “Dançarina Imperfeita” é um filme incrível que mescla o universo adolescente e o mundo da dança, resultando em um filme que é romântico, bonito, emocionante e extremamente divertido. É o segundo filme do gênero que a Netflix lança só nesse ano (o primeiro tendo sido “Feel the Beat”, outro filme que eu AMEI), e eu já estou querendo mais e mais produções do estilo… protagonizado por Sabrina Carpenter e o crush Jordan Fisher, o filme conta a história de Quinn Ackerman, uma garota que sonha em entrar na Universidade de Duke – para conseguir a vaga com que sempre sonhou, no entanto, ela terá que entrar para a talentosa equipe de dança do colégio, já que ela deixou a sua entrevistadora na faculdade acreditar que ela era parte da famosa equipe que já tinha ganhado o concurso “Work It” por três anos consecutivos…

O filme tem vida, tem energia e um elenco incrível! Eu acho que todos estão maravilhosos em seus papeis. Sabrina Carpenter é Quinn, a protagonista carismática, uma garota decidida e um pouco desastrada, que é perfeitamente divertida; Jordan Fisher é Jake Taylor, o ex-bailarino vencedor de inúmeros concursos que deixou de dançar quando machucou o joelho, e ele está apaixonante no papel, porque além de estar mais lindo do que nunca, ele ainda está dançando e nós amamos isso; Liza Koshy é Jas, a talentosa melhor amiga de Quinn, que é o primeiro passo para tornar o sonho de Quinn possível, e ela sabe ser uma excelente bailarina, ao mesmo tempo em que é divertida e tem algumas das melhores piadas; e Keiynan Lonsdale (Bram!) é “Julliard”, ou Isaiah, o talentoso mas egocêntrico “líder” dos Thunderbirds, a equipe de dança da escola.

Quinn Ackerman tem o currículo perfeito: notas sempre altíssimas, uma série de trabalhos voluntários, os melhores trabalhos extracurriculares, toca violoncelo… por isso, ela acha que entrar na Universidade de Duke vai ser moleza – e ela quer entrar nessa faculdade porque “se sente em casa” nela, já que foi a faculdade que o pai frequentou… e a ausência do pai faz com que esse sonho seja mais urgente. Durante a entrevista, no entanto, nem tudo sai como ela previra, e Veronica Ramirez, a entrevistadora, lhe ensina algo: talvez esse “currículo perfeito” não seja exatamente o que eles estão procurando… ela não quer alguém que se encaixe perfeitamente na caixinha, mas alguém que exploda a caixinha. Mas quando a Sra. Ramirez pergunta sobre a paixão de Quinn, ela não consegue responder… qual é, de fato, a sua paixão? Ela ao menos tem uma?

Assim, desesperada, Quinn a deixa pensar que ela está nos Thunderbirds, os famosos bailarinos do colégio, e agora ela terá que dar um jeito de entrar na equipe – já que a entrevistadora disse que virá vê-la na competição nacional. WOW. Nós conhecemos esse tipo de história, e eu, particularmente, sempre me encanto. Gosto de ver as diferentes motivações, as novas relações que surgem, e “Work It” entrega isso perfeitamente, além de ser repleto de momentos divertidíssimos. Determinada, Quinn faz Jas ensaiá-la por duas semanas até as audições para os Thunderbirds, que acaba sendo um desastre, então ela acaba agindo impulsivamente e faz uma loucura: diz que ela vai começar um novo clube de dança na escola, e Jas será a capitã. Agora, eles precisam caçar talentos para formar parte da equipe, e um bom coreógrafo.

O lindo Jake Taylor.

Aos poucos, uma equipe vai se formando… uma equipe um pouco desastrosa e com poucas coisas em comum, mas cheia de vontade, o que deve ser o suficiente – pelo menos Quinn espera que seja o suficiente. E ela tenta convencer Jake Taylor a voltar para o universo da dança e coreografá-los, mesmo que ele diga que “não tem interesse”. Ele acaba se envolvendo… ele empresta, ilegalmente, o estúdio de dança no qual trabalha para que eles ensaiem durante a noite, e diz que vai aceitar ajudá-los com a coreografia se eles passarem nas primeiras eliminatórias sem a sua ajuda. Assim, Jas assume a liderança do grupo e eu diria que eles se saem muito bem… pelo menos para uma primeira vez. Destaque para as cenas da dança no asilo (eu não devia ter RIDO O TANTO QUE EU RI da morte do Harold!) e a reação ao figurino para a primeira apresentação!

SENSACIONAL!

Sendo aprovados por um detalhe técnico a seu favor, os TBD (“to be defined”) ganham, então, a ajuda de Jake Taylor… o sempre maravilhoso Jordan Fisher. Eu acho incrível vê-lo dançar, de verdade, e eu amei como ele se juntou à equipe, tentando explorar ao máximo o que cada um tinha a oferecer… afinal de contas, tínhamos uma indiana, uma gótica, um lutador de karatê, um jogador de futebol… cada um no seu estilo, todos eles tinham algo a oferecer e fariam, eventualmente, uma excelente equipe. E, assim, acompanhamos divertidíssimas sequências de dança e de comédia enquanto eles vão crescendo, não apenas como um clube de dança, mas como pessoas e como amigos… porque o que eles constroem ao longo de meses de ensaio é uma relação mais verdadeira do que eles podiam imaginar, e eles se tornam uma família.

Pode ser clichê, mas é verdadeiro. E é lindo.

Jake Taylor sabe, no entanto, que ele precisa ajudar Quinn… Quinn só está fazendo isso para entrar na Universidade de Duke – ou é o que ela acredita, de qualquer maneira. Por isso, ela precisa aprender a se soltar mais, a deixar de pensar tão racionalmente em tudo e sentir a dança… e ela tem dificuldade para fazer isso, até que ele a ajude. Em uma das cenas mais lindas do filme, eles dançam sozinhos, em algum lugar da cidade, e aquela sequência de dança (e aquele beijo) muda tudo. No dia seguinte, Quinn Ackerman é OUTRA GAROTA – ou, como Jas diz assim que a vê, “ela está radiante”. Mas a dança + Jake fazem isso com ela: fazem com que ela troque as palestras da manhã por música, fazem com que ela se sinta mais leve e sorridente, e é tão bonitinho vê-la saindo de casa para ir para a escola dançando até o carro de Jas… mesmo que ela tropece e caia no meio do caminho!

<3

Eventualmente, as coisas parecem dar errado, porque isso sempre acontece nesses filmes. Ao saber que Jake Taylor está treinando os TBD, Julliard dá um jeito de sabotá-los e Jake fica muito chateado ao perder o emprego por causa disso… para piorar, as notas de Quinn estão caindo, e a mãe não gosta disso, e acha que Quinn deveria se dedicar a manter o seu “currículo perfeito”. A cereja do bolo é o fato de que ela recebe um e-mail informando que a Sra. Ramirez não trabalha mais na Duke – depois de tudo o que ela fizera só para impressioná-la e entrar naquela Universidade… então, o seu mundo parece desmoronar, e a mãe, ao saber de toda a história, a pressiona a deixar a dança de lado e focar em aumentar as suas notas novamente, e o nosso coração se parte quando ela tem que dizer isso para os amigos… e eu fiquei tão chateado quanto Jas…

Ela fez aquilo TUDO por ela, porque ela implorou.

Não era justo.

Assim, Jas volta para os Thunderbirds, o grupo se separa, e Quinn está se sentindo terrivelmente infeliz… até Jake Taylor tenta trazê-la de volta para a dança, dizendo que ela não pode abandonar os TBD assim, mas não é o suficiente. Nada importa até que Quinn Ackerman faça uma descoberta sozinha, quando ela está arrumando os livros no asilo no qual é voluntária: ela coloca fones de ouvido e, ao som da música, ela deixa o seu corpo a guiar… e, quando menos espera, ela está dançando pelo lugar inteiro – A MÚSICA A LEVANDO. Então, ela corre até a casa de Jake Taylor (!), e é um dos momentos mais fofos do filme, quando ela diz que “achou que precisava da dança para entrar em Duke e que Duke a faria feliz, mas, na verdade, é a dança que a faz feliz”, então pede sua ajuda para reunir os TBD e ele diz que, antes, ele precisa vê-la dançar…

E os dois dançam novamente.

E QUE DANÇA PERFEITA.

Assim, a equipe se reúne. Todos, menos Jas, estão de volta. E eu adoro como o grupo retorna sem maiores dramas, porque, no fundo, eles sabiam que Quinn retornaria… afinal de contas, eles são uma família. Os próximos ensaios acontecem no asilo, e trazem algumas das cenas mais divertidas do filme, e eu amei tudo, do início ao fim. Quinn vai pessoalmente falar com Jas, pedir desculpas por tê-la magoado, e dizendo que ela é bem-vinda novamente em um grupo onde as pessoas que dançam com ela a valorizam, e não demora muito para ela largar os Thunderbirds e se reunir com os TBD… afinal de contas, é ali que ela gosta de estar. Então, eles se preparam para a grande apresentação, e destaque especial para A ORAÇÃO DE QUINN NA NOITE ANTERIOR À COMPETIÇÃO – rezando a Beyoncé, para que ela ilumine os seus pés no dia seguinte.

MUITO BOM!

O final do filme é emocionante e cheio de vida! Quinn quase não consegue chegar para a apresentação dos TBD, porque a mãe tenta impedi-la de ir, mas ela desafia a mãe e vai, porque não vai deixar os amigos na mão e, principalmente, porque ela quer fazer isso. Quando chega a hora de eles se apresentarem, e Quinn ainda não chegou, Jake Taylor tem que enfrentar os seus medos e voltar aos palcos para ajudar a sua equipe, o que é lindo, e quando Quinn eventualmente aparece, ele mesmo vai buscá-la nos bastidores, com um sorriso lindo no rosto, e eles terminam a coreografia juntos – E PODERIA TER SIDO MAIS LINDO?! Uma apresentação cheia de vida, cheia de novidade, aproveitando a personalidade e o estilo de cada um e os valorizando, passando uma mensagem linda que levanta a plateia e conquista os jurados… e, assim, eles ganham dos Thunderbirds.

E QUE VITÓRIA MERECIDA! \o/

Os personagens ganham destinos bem bacanas… parece que Isaiah e Jas vão acabar indo para a mesma faculdade, no fim das contas, e a Sra. Ramirez vem assistir a apresentação de Quinn, como prometera que viria, e embora não trabalhe mais na Duke, ela agora trabalha na NYU, e talvez eles tenham uma vaga para Quinn. Ah, e Quinn ganhou o namorado bailarino mais lindo do mundo, né? E Jas conseguiu, finalmente, o seu namorado vendedor de colchões! Agora, o núcleo principal do filme está se mudando para Nova York, e eu sei que adoraria ver mais um filme com esse elenco… e minha mente imaginativa já ficou pensando em um crossover com “Feel the Beat”: afinal de contas, os dois filmes são da Netflix, compartilham o mesmo tema e o mesmo tom, e a personagem de Sofia Carson também mora em Nova York. O quê? Uma pessoa pode sonhar.

ADOREI O FILME! <3

 

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